domingo, 3 de abril de 2011

Curvas de minha liberdade

Acordo como todos os dias, algo meio diferente.
Tentando conter aquela vontade de dias, talvez fosse mais facil se deixar levar. Eu que ja não busco nada alem de uma linha reta...
Aquele ronco vindo da garagem, suando liso e grave.
Tomo meu café, ainda meio desnorteado com tudo que acontece. Por onde começar?
Devo buscar os livros de fisica? os de matemática? ou quem sabe começar com os textos de redação?
Eu queria mais liberdade...
Acentuando todos os pontos graves e seguindo uma linha certa, sem curvas do meu caderno. Aonde esta a minha liberdade?
Saio catando todas as chaves, as inglesas, as philips, todas. Caço minhas luvas, a sapatilha e aquele lindo capacete que me custará meses de serviço.
Entro a garagem, e o coração fica calmo. Parece uma criança, toda aquela graça que parece sorrir pela junção que é a sua grade e farol, todo um conjunto.
Há quem diga, "é um carro apenas".
Eu respondo, "é a minha liberdade".
e assim como todo bom resumo
"Não me conterei a dizer o quanto de ajuste, seja do freio, cambagem, relação de marchas, pneus, cambio e até mesmo a altura do meu banco. Mas sim ao toque da lataria fria, que parece dar um choque no peito, pedindo a estrada que ali estaria."

Contei meus minutos, pus gasolina na minha liberdade
Eram todas as curvas, cada curva um pensamento.
e como todo bom entendedor, a minha felicidade era plena.