domingo, 24 de abril de 2011

Antiquadamente modernista

Eu daria preciosidade
a todo aquele modernismo antiquado
Lembraria a cor de toda lua
a cor de cada rosa.

E quando tudo acabar
saiba que não eras simples
Tão simples quanto as outras
mas era minha

E por onde eu olhar,
aquele mesmo sentido
Tanto quanto antes
Simplesmente moderno.

De um jeito ou outro, eu nunca deixarei de existir.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Eu testo o tempo

Naquele tempo não existia educação
Era vida de pouca explicação
Sorte de alguns que vieram antes

Tanto o fraco e frouxo coração
Não poderia ser pior,
Todas as contas, dividas que não paguei
aquilo tudo que tive que esquecer

A vida é fragil, simples e até complexa
Talvez seja eu que nasci muito tarde.

domingo, 17 de abril de 2011

Ai de ser poesia

Realmente, que gritem ofensas
que chamem a policia por meus atos
Talvez esteja buscando uma saida a poesia
Uma poesia que não me encanta, encanta outros

Um tema que não sei o nome,
seja ele oculto ou talvez impronunciavel
Todos sabemos aonde a poesia romantica leva.
Uma tristeza.

Talvez seja um tempo de pensar em ser menos eu
Ser mais Deus.

domingo, 10 de abril de 2011

O espaço de um passo

... e assim ele continuou andando
e como todos aqueles dias, era chato, era confuso
Não sabia quem era...
Seus passos eram tortos, olhos tremulos e um corpo rígido, mas sabia aonde gostaria de ir.
Vida comum, pai e mãe separados, amigos esquecidos por épocas e conhecidos espalhados por ai...

A manha passa, a tarde passa, a noite passa e ele ali, estagnado, sem sentido no contexto. Uma dança de informações... Onde estariam as suas chances ? Os comentários das mulheres, os carros, as festas ?
Ninguem sabe.

O dia é apenas sua criança que o espera no berço da noite e assim, como todo dia.
Suas presses são contidas, seus sorrisos são seguros e seus desejos de Deus...
De um jeito ou de outro, sempre sabemos da certeza.

domingo, 3 de abril de 2011

Curvas de minha liberdade

Acordo como todos os dias, algo meio diferente.
Tentando conter aquela vontade de dias, talvez fosse mais facil se deixar levar. Eu que ja não busco nada alem de uma linha reta...
Aquele ronco vindo da garagem, suando liso e grave.
Tomo meu café, ainda meio desnorteado com tudo que acontece. Por onde começar?
Devo buscar os livros de fisica? os de matemática? ou quem sabe começar com os textos de redação?
Eu queria mais liberdade...
Acentuando todos os pontos graves e seguindo uma linha certa, sem curvas do meu caderno. Aonde esta a minha liberdade?
Saio catando todas as chaves, as inglesas, as philips, todas. Caço minhas luvas, a sapatilha e aquele lindo capacete que me custará meses de serviço.
Entro a garagem, e o coração fica calmo. Parece uma criança, toda aquela graça que parece sorrir pela junção que é a sua grade e farol, todo um conjunto.
Há quem diga, "é um carro apenas".
Eu respondo, "é a minha liberdade".
e assim como todo bom resumo
"Não me conterei a dizer o quanto de ajuste, seja do freio, cambagem, relação de marchas, pneus, cambio e até mesmo a altura do meu banco. Mas sim ao toque da lataria fria, que parece dar um choque no peito, pedindo a estrada que ali estaria."

Contei meus minutos, pus gasolina na minha liberdade
Eram todas as curvas, cada curva um pensamento.
e como todo bom entendedor, a minha felicidade era plena. 



Emborrachado

Quando tudo vale, quando a curva não acaba
aquele espaço de tempo, um segundo, um minuto
pedras, cascalho, asfalto é terra

Terra de um lugar que ninguem conhece
ah, o que seria um sonho.
Nicho de todas as culturas a noite
onde tudo se mistura e vira realidade

Curva, reta, punta taco, reduz
a saida, quase sempre esta alí

é a brisa de uma pista, uma pista de vida.